Alce Negro se tornou internacionalmente conhecido pelo livro Black Elk speaks, publicado em diversas línguas (em português de Portugal há versão da Editora Antígona: "Alce Negro Fala. A história da vida de um homem-santo dos Sioux Oglala - ISBN 972-608-119-X). O livro é um clássico da espiritualidade contemporânea, além de revelar aspectos pouco conhecidos da vida religiosa dos índios norte-americanos.
O inusitado de sua vida é que, tendo sido batizado na Igreja Católica em 1903, continuou sendo, simultaneamente, um líder espiritual da antiga religião pele-vermelha da Sun-Dance (Dança do Sol) e do Calumet (Cachimbo Sagrado). De fato, segundo o historiador das religiões Mateus Soares de Azevedo, Alce Negro não via nenhuma incompatibilidade fundamental entre as duas tradições. [1]
Segundo o metafísico suíço Frithjof Schuon, ele combinava de forma fascinante o heroísmo combativo e estóico com o porte sacerdotal dos índios das pradarias da América do Norte.[2]
Já ao final da vida, transmitiu ensinamentos espirituais reservados dos índios das planícies, bem como episódios até então pouco conhecidos de sua existência, a dois pesquisadores: John Neihardt e Joseph Epes Brown. O primeiro publicou um volume que se tornou um clássico, Black Elk speaks: being the life story of a holy man of the Oglala Sioux (1932). A Brown, revelou os principais ritos de sua tradição, publicados em The sacred pipe: Black Elk's account of the seven rites of the Oglala Sioux (1953).