sábado, 25 de agosto de 2012

alçe negro

Alce Negro (em inglês, Black Elk; em lakota, Hehaka Sapa; c. 186317 de agosto de 1950) foi um célebre pajé e homem santo da tribo sioux da América do Norte. Com apenas doze anos, participou da batalha de Little Big Horn (1876), em que os sioux, liderados por Touro Sentado, infligiram séria derrota ao exército norte-americano, comandado pelo general Custer. Em 1890, saiu ferido do massacre de Wounded Knee, em que os índios foram derrotados.
Alce Negro se tornou internacionalmente conhecido pelo livro Black Elk speaks, publicado em diversas línguas (em português de Portugal há versão da Editora Antígona: "Alce Negro Fala. A história da vida de um homem-santo dos Sioux Oglala - ISBN 972-608-119-X). O livro é um clássico da espiritualidade contemporânea, além de revelar aspectos pouco conhecidos da vida religiosa dos índios norte-americanos.
O inusitado de sua vida é que, tendo sido batizado na Igreja Católica em 1903, continuou sendo, simultaneamente, um líder espiritual da antiga religião pele-vermelha da Sun-Dance (Dança do Sol) e do Calumet (Cachimbo Sagrado). De fato, segundo o historiador das religiões Mateus Soares de Azevedo, Alce Negro não via nenhuma incompatibilidade fundamental entre as duas tradições. [1]
Segundo o metafísico suíço Frithjof Schuon, ele combinava de forma fascinante o heroísmo combativo e estóico com o porte sacerdotal dos índios das pradarias da América do Norte.[2]
Já ao final da vida, transmitiu ensinamentos espirituais reservados dos índios das planícies, bem como episódios até então pouco conhecidos de sua existência, a dois pesquisadores: John Neihardt e Joseph Epes Brown. O primeiro publicou um volume que se tornou um clássico, Black Elk speaks: being the life story of a holy man of the Oglala Sioux (1932). A Brown, revelou os principais ritos de sua tradição, publicados em The sacred pipe: Black Elk's account of the seven rites of the Oglala Sioux (1953).

Referências

  1. Cf. Mateus Soares de Azevedo: "A Survey of the Spiritual Masters of the 20th century", disponível em [1], Revista Sacred Web.
  2. Cf. Frithjof Schuon: "Chamanismo Piel Roja", em: Sobre los Mundos Antiguos. Madri, Editora Taurus.

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